sexta-feira, 12 de março de 2010
Recuei. Éramos dois pontos distintos formando o que se pode chamar de reta. No entanto,eu sabia que nem sempre a menor distancia entre dois pontos seria a tal reta,muito menos que estavamos indo ao encontro um do outro. Era de uma forma insuspeitada que durante algum tempo mantive uma amor secreto pelo garoto da contabilidade, que bem depois descobrira chamar-se Daniel Arcanjo,ou meu deus grego,e realmente o era. Primeiro pelo sobrenome,segundo pelo rosto escultural que carregava. Foram poucas as vezes que pude contemplar sua beleza, eu mal o encarava pois, sempre tive medo de que percebesse minha cara apaixonada e achasse que seria apenas mais uma em suas contas. É fato que eu me apeguei a presença de Daniel Arcanjo na minha vida,é claro,uma presença que durava alguns poucos segundos naquele corredor estreito da universidade. O horário era o mesmo,eu saindo e ele chegando. Na minha cabeça tudo acontece em câmera lenta,um vento soprando meus cabelos e a canção do Vangelis ao fundo "One more kiss,dear".Não foi intencional nem sorrateira as minhas ilusões por esse rapaz,mas é que sempre precisei de algo que (pre)enchesse a sensação de viver-sem-estar-vivendo,algo que aquecesse.Daniel Arcanjo é uma dessas paixões que a gente inventa pra fantasiar e provar que por dentro nem tudo são folhas secas...
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